O modelo norte-americano não privilegia a aquisição da casa própria. O mercado do aluguel é mais favorecido e fortalecido. A mobilidade imposta às pessoas e os temores de furacões - especialmente na Flórida volátil - gera a necessidade de desapego ao patrimônio onde é fácil a locação. Bom para os locadores que obtêm renda mensal superior ao capital volumoso individualmente investido em imóveis.
A nossa cultura foi influenciada pelas incertezas, a começar pelo princípio de que "o bom investimento é em terra" de mais fácil aquisição e menos oneradas por tributos. Havia a certeza de que a terra sempre valoriza no mundo em expansão demográfica.
Mesmo com os problemas e custos de aquisições de imóveis construídos, predomina o entendimento de que um imóvel próprio é segurança de estabilidade, apesar dos entraves burocráticos para legalizar as aquisições.
O imóvel sempre se valoriza além dos índices das aplicações em cadernetas de poupança, em contraste com as diferenciações dos investimentos calcados em juros determinados pelo Banco Central.
O cidadão, tendo a terra, pode construir sua primeira casa lentamente, sem juros. Pode evoluir para uma casa mais adequada e de maior valor, porque gerou um capital próprio, límpido.
Pode adaptar a casa para a expansão da família num curso favorável a mais poupança.
É a subida na escala social de patrimônio.